“Eu, A., não leio há treze dias.”
Qualquer um que se diga leitor compulsivo é um idiota. Primeiro, porque acha que esconde seu orgulho na aparente negatividade do adjetivo, como se essa sua capacidade incrível estivesse além do controle: “Olha, eu não consigo parar de ler, sabe. Me dá até uma tremedeira.” Segundo, porque ler compulsivamente é uma coisa estúpida. É como dizer: “Eu bebo vinho compulsivamente.” Então, bebe mal, é alcoólatra.
Começa-se com um Dostoiévski ou Proust; logo se passa a García Márquez; depois vêm Saramago, Jorge Amado, Rubem Fonseca; no fim, alguns chegam a ler Chico Buarque, ou coisa pior — há relatos de leitores compulsivos que chegam a ficar viciados em blogs paulistas, vejam só. Contra tudo isso, só resta aos idiotas tentar a abstinência livresca. Um dia de cada vez.
Começa-se com um Dostoiévski ou Proust; logo se passa a García Márquez; depois vêm Saramago, Jorge Amado, Rubem Fonseca; no fim, alguns chegam a ler Chico Buarque, ou coisa pior — há relatos de leitores compulsivos que chegam a ficar viciados em blogs paulistas, vejam só. Contra tudo isso, só resta aos idiotas tentar a abstinência livresca. Um dia de cada vez.
11 Comments:
Antes a leitura compulsiva que o analfabetismo literário que atinge quase toda a população brasileira.
Márcio Coelho
www.kpz.blogger.com.br
Não, de jeito nenhum. O analfabetismo, pelo menos, rende personagens pro fotógrafo.
Ler Jorge Amado é realmente sinal de doença.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
"viciados em blogs paulistas" :))
Blog paulista é tãããõ ruim assim?
Leo, just a joke.
Lao, Lao. Não Leo.
Qual seria o autor limiar para não ser um "livrólatra"?
Já cheguei no Saramago, passando por outros não citados.
Ai meu pai do céu, fiquei preocupada por que passei mais de um ano lendo compulsivamente apostilas de vestibular, será que é o fim?!!!
Acho que não, hehehe.
Beijinho pra você farsante.
Como pode o autor de "Pseudo-literatura", "quase-crônicas" e "outras pretensões" criticar o emprego alheio de palavras dotadas de aparente negatividade como ferramenta para esconder o orgulho e a vaidade?
Os Idiotas.
Naun, Lili, quem diria!
Um dos efeitos da idiotia é esse mesmo: raiva desmedida, ataques ad hominem, anonimato covarde... Que feio! Mas fiquem calmos: Rubem Fonseca tem cura, dizem.
E o subtítulo tem que mudar mesmo; já não se encaixa no primor do blog. Pelo menos é o que indica a freqüência de vocês por aqui.
Beijos.
Outros sinais de idiotia são a intolerância e o pedantismo... Agora volto a Rubem Fonseca, digo, a Literatura de fato. Já me curei da farsa.
Beijos,
O Idiota.
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