Presidente boa-praça
Eu tinha me decidido a não postar nada que fizesse referência a discursos do Lula, sobretudo os de improviso. É covardia e não tem valor — bastar ser leitor de jornal. Mas é irresistível a última peça:
Nós pegamos o Brasil na UTI. Em 2003 foi um trabalho imenso para levar o Brasil para a enfermaria. Quem já ficou internado sabe o avanço de sair de uma UTI para ir para uma enfermaria. Quem nunca foi não tem noção, acha que é apenas mudar de quarto. Mas quem já esteve internado sabe a diferença de sair de uma UTI para ir para uma enfermaria. E agora já recebemos alta, já estamos na rua andando, já estamos de cabeça erguida, cantando a música do nosso Zeca Pagodinho, "Deixa a vida nos levar". Estamos numa fase boa e eu acho que essa fase depende do trabalho de cada de um de vocês e depende, sobretudo, do que nós fizermos daqui para a frente para transformar essa fase boa numa fase ainda melhor.
Quer dizer que foi um trabalho intenso? E ainda há muito por fazer? Por que, então, vamos deixar a vida nos levar? Eu, de minha parte, nem sei se melhorou; nunca estive numa UTI. Lula esteve? Não me lembro. Em todo caso, continuemos:
Precisamos parar de ficar reclamando a vida inteira. Aquela madona chorona que só fica reclamando: reclama quando chove, quando faz sol, quando o tempo está nublado, quando tem onda, quando não tem onda. Precisamos nos contentar com alguma coisa. Da mesma forma que me olho no espelho todo dia: não adianta ficar achando que sou feio. Sou o que sou. Tenho que gostar de mim assim, e do país a gente tem que gostar do jeito que ele é.
Quer dizer que a lógica é a do contentamento. Humm, interessante... abnegação, contrição... Boa pedida! Mas eu estou confuso: devo trabalhar duro? Deixar a vida me levar? Ou gostar das coisas como elas são? Enquanto aguardo respostas, delicio-me em tirar conclusões da última frase, divagando: gostar do Lula do jeito que ele é... Quem sabe, quem sabe.
Nós pegamos o Brasil na UTI. Em 2003 foi um trabalho imenso para levar o Brasil para a enfermaria. Quem já ficou internado sabe o avanço de sair de uma UTI para ir para uma enfermaria. Quem nunca foi não tem noção, acha que é apenas mudar de quarto. Mas quem já esteve internado sabe a diferença de sair de uma UTI para ir para uma enfermaria. E agora já recebemos alta, já estamos na rua andando, já estamos de cabeça erguida, cantando a música do nosso Zeca Pagodinho, "Deixa a vida nos levar". Estamos numa fase boa e eu acho que essa fase depende do trabalho de cada de um de vocês e depende, sobretudo, do que nós fizermos daqui para a frente para transformar essa fase boa numa fase ainda melhor.
Quer dizer que foi um trabalho intenso? E ainda há muito por fazer? Por que, então, vamos deixar a vida nos levar? Eu, de minha parte, nem sei se melhorou; nunca estive numa UTI. Lula esteve? Não me lembro. Em todo caso, continuemos:
Precisamos parar de ficar reclamando a vida inteira. Aquela madona chorona que só fica reclamando: reclama quando chove, quando faz sol, quando o tempo está nublado, quando tem onda, quando não tem onda. Precisamos nos contentar com alguma coisa. Da mesma forma que me olho no espelho todo dia: não adianta ficar achando que sou feio. Sou o que sou. Tenho que gostar de mim assim, e do país a gente tem que gostar do jeito que ele é.
Quer dizer que a lógica é a do contentamento. Humm, interessante... abnegação, contrição... Boa pedida! Mas eu estou confuso: devo trabalhar duro? Deixar a vida me levar? Ou gostar das coisas como elas são? Enquanto aguardo respostas, delicio-me em tirar conclusões da última frase, divagando: gostar do Lula do jeito que ele é... Quem sabe, quem sabe.
3 Comments:
Pior é saber que as platéias deliram. É tudo uma questão de entonação mesmo. Esqueça-se o sentido, perdoem-se as incoerências, viva a retórica!
Porcos imperialistas!Só porque o Lula veio do povo e não atende os interesses neo-liberais imundos!
Ah Bruno, vc viu a manifestação dos Sem Terra e dos Estudantes lá em Brasília? Ainda canta aquele idiota: "jovem no Brasil nunca é levado a serio...". Ainda bem.
Muito energia, pouca palmatória.
Abraços,
Gostaria de ler mais poesias do Mestre Latino. Muito boas. Dançantes, alegres.
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