Recursos humanos, demasiado humanos
Se Nelson Rodrigues estivesse na ativa, trocaria a figura do contínuo por sua correspondente contemporânea — a gerente de RH. Para quem nunca identificou uma dessas infelizes, uma dica do farsante ausente: é aquela que acha o Jô Soares “uma pessoa muito inteligente” e que deixaria numa ilha deserta “todas as maldades do mundo.”
Sem dúvida, esse perfil produz um desprezo muito grande por quem se acha mais bacana e esperto. O problema é que, mais cedo ou mais tarde, uma gerente de RH entra na sua vida. E aí, na hora de escolher entre você e um outro candidato, ela diz à outra gerente: “Achei esse rapaz muito sério; o outro tem um astral pra cima, sabe.”
Pior ainda é saber que se trata de problema insolúvel, pois que situado num belo círculo vicioso. Quem escolhe as gerentes de RH são as próprias gerentes de RH.
Sem dúvida, esse perfil produz um desprezo muito grande por quem se acha mais bacana e esperto. O problema é que, mais cedo ou mais tarde, uma gerente de RH entra na sua vida. E aí, na hora de escolher entre você e um outro candidato, ela diz à outra gerente: “Achei esse rapaz muito sério; o outro tem um astral pra cima, sabe.”
Pior ainda é saber que se trata de problema insolúvel, pois que situado num belo círculo vicioso. Quem escolhe as gerentes de RH são as próprias gerentes de RH.
4 Comments:
Esqueceu de falar que gerentes de RH gostam de livros de auto-ajuda. Isso sim é motivo para eu fugir delas.
Descobrimos um ponto positivo a respeito do concurso público então?
Geez, hope not.
Faça um sobre os contadores, Bruno. Os contadores, os contadores!
Uma vez, enquanto ia sendo demitido dum grande jornal carioca, a gerente de RH aproveitou-se do ensejo para me dar de presente um livro sobre pára quedas, cores e dicas de mudança de carreira.
Acho que nunca senti um ódio tão sincero na vida...
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