A prisão da Gramática
Durante muito tempo, cultivei o desejo de escrever um post que começasse por um pronome oblíquo átono, mas não conseguia. Pensava que deveria tentar, exigir de mim a força necessária para fazê-lo. Cheguei até a completar um texto, mas não conseguia publicá-lo. Por certo tempo, deixei-o ali nos drafts, imaginando que sua hora chegaria. E chegou: hoje eu o apaguei para sempre.
Próclise em início de período é o cacete. Não escrevo, e pronto. Razões não faltam.
A primeira delas é a companhia. Diga-me aí, você que manja de literatura, o que é melhor: ficar ao lado de Machado e Graciliano ou de Mário de Andrade e os moderninhos? Elegância é só uma parte da coisa, mas é a melhor parte.
A segunda é o background teórico. Você já viu um lingüista? É um tipo triste, muito triste, que se obriga a ser natural e alegre, que vibra com os dentes trincados quando encontra uma concordância desviante. Essa história de amor ao desvio, não sei, não, mas me parece coisa de idiota.
A terceira razão é o fundamento das duas primeiras: gosto de prisões e tradições. Eu nada seria sem os meus limites; minha busca interior tem sido no sentido de encontrá-los, criar orgulho de todos, dar carinho a cada impossibilidade.
Por isso, cada vez que leio o LLL e sua série sobre as prisões, fico pensando que este blog deveria se chamar “Conservador, Conservante, Conservado”, o que, além de tudo, daria uma bela sigla.
Próclise em início de período é o cacete. Não escrevo, e pronto. Razões não faltam.
A primeira delas é a companhia. Diga-me aí, você que manja de literatura, o que é melhor: ficar ao lado de Machado e Graciliano ou de Mário de Andrade e os moderninhos? Elegância é só uma parte da coisa, mas é a melhor parte.
A segunda é o background teórico. Você já viu um lingüista? É um tipo triste, muito triste, que se obriga a ser natural e alegre, que vibra com os dentes trincados quando encontra uma concordância desviante. Essa história de amor ao desvio, não sei, não, mas me parece coisa de idiota.
A terceira razão é o fundamento das duas primeiras: gosto de prisões e tradições. Eu nada seria sem os meus limites; minha busca interior tem sido no sentido de encontrá-los, criar orgulho de todos, dar carinho a cada impossibilidade.
Por isso, cada vez que leio o LLL e sua série sobre as prisões, fico pensando que este blog deveria se chamar “Conservador, Conservante, Conservado”, o que, além de tudo, daria uma bela sigla.
4 Comments:
Me amarrei! Me encontrei! Tô com Dona Norma e num abro! A Gramática é instrumento de libertação! A arma verdadeira da construção de uma identidade nacional! (mas deixa o Mário, vai...)
Concordo com o CCC, já que este é certamente o melhor site/página conservador do Brasil. Disparado.
CCC....Heheheeheh
Gostei muito.
O lema nas ruas não será mais halloween é cacete... e sim, próclise é o cacete...hahahahah
Tudo em prol do Estilo.
Fiquei sabendo que meu nome tem sido panfletado nas suas aulas. Continue assim!( Ponha o endereço do Iníquo no canto do quadro).
"Alguns alunos são mais iguais que outros."
Abraço
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