Futebol Arte
Não são poucas as partidas de futebol que terminam sem um placar justo. Mas é lógico: tempo de posse de bola não conta, os juízes têm uma vaga percepção do que está acontecendo e os gols são raros — se comparados à pontuação de qualquer esporte coletivo. Ou seja, não se trata de competição de verdade.
Isso posto, podemos esclarecer um mistério antigo: como um país com resultados tão medíocres em quase todos os esportes pode ser tão brilhante no futebol? Ora, quem disse que futebol é esporte? Romário por acaso é atleta?
Dia desses, onze da noite em Atenas, um americano garantiu a medalha de ouro ao superar 5m95 no salto com vara. Vitória olímpica, recorde idem. O público já estava saindo quando o tal atleta resolveu continuar a competição contra ele mesmo. As regras permitem, e ele teve três chances para alcançar os seis metros, aumentando seu recorde. Não conseguiu, estava cansado e só havia superado a marca anterior na última tentativa, mas ele insistiu mesmo assim. Exagerado, é verdade, mas cá pra nós: seria sequer concebíbel um “atleta” brasileiro fazendo o mesmo? E um jogador de futebol?
Se eu tiver razão, posso ajudar a mudar um pouco as coisas, a começar pelo status do futebol. Por que não inseri-lo na categoria dos saltos ornamentais ou da ginástica artística? Notas por coreografia — no caso, dribles e outras jogadas —, avaliação da originalidade, adequação à trilha sonora, o que seja, desde que outros critérios, além do gol, sirvam para um resultado mais justo.
“Mas isso pode produzir ainda mais injustiça”, dirão os céticos. Tudo bem, pelo menos poderemos culpar os juízes com um mínimo de decência. De mais a mais, quem se importa? Eu não: torço pelo Fluminense.
Isso posto, podemos esclarecer um mistério antigo: como um país com resultados tão medíocres em quase todos os esportes pode ser tão brilhante no futebol? Ora, quem disse que futebol é esporte? Romário por acaso é atleta?
Dia desses, onze da noite em Atenas, um americano garantiu a medalha de ouro ao superar 5m95 no salto com vara. Vitória olímpica, recorde idem. O público já estava saindo quando o tal atleta resolveu continuar a competição contra ele mesmo. As regras permitem, e ele teve três chances para alcançar os seis metros, aumentando seu recorde. Não conseguiu, estava cansado e só havia superado a marca anterior na última tentativa, mas ele insistiu mesmo assim. Exagerado, é verdade, mas cá pra nós: seria sequer concebíbel um “atleta” brasileiro fazendo o mesmo? E um jogador de futebol?
Se eu tiver razão, posso ajudar a mudar um pouco as coisas, a começar pelo status do futebol. Por que não inseri-lo na categoria dos saltos ornamentais ou da ginástica artística? Notas por coreografia — no caso, dribles e outras jogadas —, avaliação da originalidade, adequação à trilha sonora, o que seja, desde que outros critérios, além do gol, sirvam para um resultado mais justo.
“Mas isso pode produzir ainda mais injustiça”, dirão os céticos. Tudo bem, pelo menos poderemos culpar os juízes com um mínimo de decência. De mais a mais, quem se importa? Eu não: torço pelo Fluminense.
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