E se os irmãos Campos tiverem razão...
É tudo metalinguagem? Ou é meu passado de estudante de Comunicação que me condena? Será que o pessoal não pode falar sobre alguma coisa de verdade? Eu mesmo, bem sei, já tenho caído nesse abismo. E sempre me pergunto: é a paralisia que me leva à metalinguagem ou a metalinguagem que me paralisa? (Tostines, tostines sempre.)
Quando isso acontece, acho que precisamos de vacina. Um bom russo (ou uma bela russa, destilada, que também cai bem), um bom inglês. Dostoiévski, acho que é isso.
Em alguns casos, pelo menos, essa febre é temporária, inicial — assim o espero. Mas pode virar mania e, de mania, vira estética, manifesto, movimento. Que coisa demodé: engenhosidade, inteligência, sacação, so what?
No final, ou melhor, no fim — que final não há —, sobra pouco, quando tanto. E de tanto ler meta-poemas concretos, chego a achar que eles têm um futuro como testes psicotécnicos. Já imagino uma gerente de RH comentando sobre o estudante de Comunicação candidato a um estágio: Que rapaz inteligente, percebeu até o que a gente não tinha visto!
Rapaz, escute um conselho de amigo: não se meta com a linguagem. (E nem com trocadilhos.)
Quando isso acontece, acho que precisamos de vacina. Um bom russo (ou uma bela russa, destilada, que também cai bem), um bom inglês. Dostoiévski, acho que é isso.
Em alguns casos, pelo menos, essa febre é temporária, inicial — assim o espero. Mas pode virar mania e, de mania, vira estética, manifesto, movimento. Que coisa demodé: engenhosidade, inteligência, sacação, so what?
No final, ou melhor, no fim — que final não há —, sobra pouco, quando tanto. E de tanto ler meta-poemas concretos, chego a achar que eles têm um futuro como testes psicotécnicos. Já imagino uma gerente de RH comentando sobre o estudante de Comunicação candidato a um estágio: Que rapaz inteligente, percebeu até o que a gente não tinha visto!
Rapaz, escute um conselho de amigo: não se meta com a linguagem. (E nem com trocadilhos.)
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